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Pai de acusado pela morte do filho de Cissa Guimarães admite ter pago R$ 1 mil a PMs

Rafael Mascarenhas foi atropelado em julho de 2010; audiência no Rio pode condenar duas pessoas pelo crime

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Foi realizada nesta quinta-feira, 5, na 16ª Vara Criminal do Rio uma audiência do processo que pode condenar duas pessoas pelo atropelamento e morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, ocorrido na madrugada de 20 de julho de 2010.

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Rafael Bussamra, que dirigia o carro pelo túnel acústico, na Gávea (zona sul), quando atropelou Mascarenhas, responde pelos crimes de homicídio culposo, participação em competição automobilística não autorizada (racha), afastamento do local do crime, adulteração de prova e corrupção ativa contra os dois policiais.

Seu pai, Roberto Martins Bussanra, é acusado de adulteração de prova e corrupção ativa contra dois PMs. No depoimento dado nesta quinta ao juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, Roberto admitiu ter pago R$ 1 mil a esses dois policiais militares que não denunciaram seu filho Rafael pelo atropelamento e morte de Mascarenhas.

Roberto disse ter sido ameaçado durante aquela madrugada pelos dois policiais militares, que teriam desfeito o flagrante e estariam extorquindo R$ 10 mil. Ele afirmou ter sacado R$ 1 mil na manhã seguinte ao atropelamento e entregue aos PMs. Roberto também disse ter recebido um telefonema da mulher, que teria recomendado que ele não pagasse aos policiais, além de informar que Rafael Mascarenhas havia morrido no hospital e que já tinha arrumado um advogado.

Segundo o pai de Rafael, o carro usado no atropelamento foi rebocado até uma oficina mecânica para ser consertado. Ele comprou peças para fazer os reparos, mas mudou de ideia e o conserto não foi realizado.

Rafael Bussamra também seria ouvido, mas não foi à audiência porque mora em São Paulo. Ele prestará depoimento em outra audiência, ainda não agendada.

Duas testemunhas arroladas pela defesa também prestaram depoimento nesta quinta. Guilherme Bussamra, irmão de Rafael, contou ter sido ameaçado pelos policiais militares para não ir à delegacia após o atropelamento. Um amigo de Rafael Bussamra, Gabriel, que dirigia o outro carro na noite do atropelamento, disse que não sabia que o túnel estava interditado na hora do acidente, mas admitiu que, para acessá-lo, usou um retorno na contramão.

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