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Painéis solares são novo alvo de criminosos no Arco Metropolitano

200 postes foram derrubados na rodovia que liga Duque de Caxias a Itaguaí; prejuízo ao governo fluminense chegou a R$ 4 mi

Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - O governo fluminense teve, nos últimos três anos, prejuízo de pelo menos R$ 4 milhões com furtos de painéis solares usados na iluminação do Arco Metropolitano, rodovia que liga Duque de Caxias a Itaguaí, na Baixada Fluminense. Inaugurado em julho de 2014 e anunciado à época como um dos maiores trechos do mundo iluminado com energia renovável, o sistema já teve 200 de seus postes derrubados para que as placas fossem furtadas.

A iluminação do Arco Metropolitano, de 72 quilômetros, custou ao Estado R$ 96,7 milhões Foto: Fabio Motta/Estadão

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Entre os casos de furto mais recentes, chamou a atenção um dos suspeitos pelo crime: um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ele foi abordado na madrugada da última sexta-feira no município de Japeri, na região metropolitana, quando dirigia um carro com reboque acoplado.

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Parado por policiais militares que faziam patrulhamento na região, ele carregava cinco placas solares semelhantes às instaladas no Arco Metropolitano. Um homem que estava com o agente conseguiu fugir.

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Custo

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A iluminação da via de 72 quilômetros custou ao Estado R$ 96,7 milhões. O montante foi utilizado para instalar 4.310 postes com painéis de energia solar conectados a lâmpadas de LED. O custo aproximado de cada um deles foi de R$ 22 mil.

Construído com a promessa de desafogar o trânsito na Avenida Brasil e na Rodovia Presidente Dutra, o Arco Metropolitano tem registrado índices altos de violência, principalmente roubo de cargas. Os painéis solares também viraram alvo dos ladrões.

Além do prejuízo financeiro, o furto das placas coloca em risco quem trafega pela rodovia à noite. Trechos ficam completamente às escuras, e os postes derrubados - abandonados às margens da via - podem causar acidentes.

Construído com a promessa de desafogar o trânsito na Avenida Brasil e na Rodovia Presidente Dutra, o Arco Metropolitano tem registrado índices altos de violência Foto: Fabio Motta/Estadão

Investigação

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As investigações sobre o furto dos painéis estão sendo conduzidas pela Polícia Civil do Estado. Os casos são registrados nas diversas delegacias que atendem aos 72 quilômetros da via. A polícia não quis comentar os casos e apenas alegou que as investigações ainda estão em andamento.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por sua vez, informou que o furto envolvendo um de seus agentes está sendo acompanhado pela corregedoria da corporação. A PRF declarou ainda que o policial envolvido já estava afastado da atividade operacional. Informou que, caso se confirme a participação no furto dos painéis, ele poderá ser expulso da corporação. 

"A PRF não tolera qualquer tipo de desvio de conduta por parte de seus servidores. O policial deverá responder sob os rigores da lei", afirmou, em nota.

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