PM deixará de atuar em áreas do Rio patrulhadas pelas Forças Armadas

Segundo general do Exército, operação será semelhante à realizada na Olimpíada; Baixada Fluminense continuará monitorada pela Polícia Militar

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Por Mariana Durão
Atualização:

RIO - A Polícia Militar do Rio de Janeiro deixará de atuar nas áreas da capital e da região metropolitana que forem patrulhadas a partir desta terça-feira, 14, pelas Forças Armadas na chamada Operação Carioca. O reforço no policiamento se deu a pedido do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e foi autorizado pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, não houve pedido especial para patrulhamento de comunidades Foto: Fábio Motta/Estadão

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A Operação Carioca será comandada pelo general Mauro Sinott, comandante da 1ª Divisão do Exército. Segundo ele, a operação será similar à que foi realizada durante os Jogos Olímpicos.

"É uma operação conjunta. As Forças Armadas, de segurança pública e a Força Nacional coordenam suas tarefas e cada um recebe uma área de responsabilidade onde vai exercer ação de polícia, inclusive a Guarda Municipal", explicou Sinott. "A ideia é produzir sinergia de forma que a PM tenha liberação de seu efetivo."

O Exército patrulhará integralmente a Transolímpica, a Avenida Brasil, pontos de Deodoro e dos municípios de Niterói e São Gonçalo. Além disso, um grupamento de 1 mil fuzileiros navais vai atuar entre o limite norte do bairro do Caju e o limite sul do bairro do Leblon, abrangendo áreas como zona portuária, Aeroporto Santos Dumont, Marina da Glória, Flamengo, Copacabana, Lagoa Rodrigo de Freitas e Leblon. 

A Baixada Fluminense, área crítica do Estado, continuará sendo monitorada pela PM do Rio. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, não houve pedido especial para patrulhamento de comunidades. 

Jungmann frisou que o procedimento padrão é realizar a operação de Garantia da Lei e Ordem por prazo determinado, até por se tratar de uma operação complexa, que demanda o deslocamento de efetivos, operação logística e consumo de milhares de litros de combustível. 

O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Ademir Sobrinho, disse que até o fim do dia haverá estimativas do custo da operação.

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