Polícia não crê que ataque a trem no RJ seria a ministros

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Por TALITA FIGUEIREDO E FELIPE WERNECK
Atualização:

Policiais do Rio afirmam não acreditar que os dois ataques a tiros ao trem onde viajavam os ministros Márcio Fortes (Cidades) e Pedro Brito (Secretaria Nacional dos Portos) na segunda-feira, 10, na zona norte do Rio, tenham sido direcionados às autoridades. Os ministros faziam uma viagem de vistoria de remoção de favelas junto à ferrovia, quando criminosos da Favela do Jacarezinho atiraram contra o trem. O delegado da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), Rodrigo Oliveira, disse que os traficantes dispararam quando viram policiais militares dentro do trem. "Na minha opinião, eles não atiraram contra os ministros. Acho que eles viram os PMs fardados e imaginaram se tratar de uma nova operação policial, já que na semana passada houve algumas ações na favela", afirmou Oliveira. Durante os ataques, os ministros chegaram a se jogar no chão para se proteger. Mesmo assim, Brito e Fortes decidiram fazer a viagem de volta no trem, que foi novamente atacado. O comandante da PM, Ubiratan Ângelo, voltou a dizer hoje que o trajeto não estava policiado porque "em nenhum momento a Polícia Militar foi avisada" de que eles fariam o percurso nos vagões do trem da MRS. "Na quinta-feira passada me foi informado que haveria um evento no Caju. Movimentei o sistema da PM para providenciar policiamento no local do evento, onde nada aconteceu. A PM, em momento algum, foi informada que haveria trajeto de trem, não fomos avisados que as autoridades fariam aquele percurso", afirmou.

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