Rapaz morre durante protesto contra policiais no Rio

Testemunhas contaram à Polícia Civil que Anderson Gomes Santana, de 28 anos, lançou uma pedra contra o vidro de um ônibus municipal e acabou atingido por estilhaços

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Um homem morreu durante o protesto realizado nesta terça-feira, 29, por moradores do Morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro. Eles criticavam os policiais acusados de matar e forjar um confronto contra o adolescente Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos.

No início da tarde, os manifestantes interditaram a Rua da América e tentaram impedir a circulação de ônibus que chegavam e saíam do terminal rodoviário vizinho à estação ferroviária Central do Brasil.Testemunhas contaram à Polícia Civil que Anderson Gomes Santana, de 28 anos, lançou uma pedra contra o vidro de um ônibus municipal e acabou atingido por estilhaços. O vidro teria cortado a veia femoral de Santana, que chegou a ser socorrido por pessoas que passavam pelo local.

Caso aconteceu no Morro da Providência Foto: Reprodução

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Santana acabou morrendo e, na noite desta terça-feira, seu corpo permanecia no Instituto Médico Legal, segundo o órgão informou ao Estado.

Violência. Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, na região central do Rio, são acusados de ter matado, na manhã desta terça-feira, 29, o jovem Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos. Os PMs alegam que o rapaz estava com criminosos com os quais trocaram tiros. No entanto, moradores filmaram e fotografaram o momento em que um PM coloca a arma na mão da vítima, já morta, e dispara duas vezes, forjando o confronto. As imagens foram divulgadas nas redes sociais.

Segundo a polícia, um grupo de PMs fazia uma ronda de rotina quando, na região da Pedra Lisa, se depararam com criminosos que atiraram contra os agentes. Os policiais revidaram e o adolescente, que estaria com uma pistola 9 mm e munição, morreu. A pistola e a munição foram apreendidas.

Foi realizada perícia no local onde o adolescente morreu, e as armas dos policiais foram recolhidas.

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