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São Clemente leva a nobreza de Paris para a Marquês de Sapucaí

Escola foi a segunda a desfilar e, com a riqueza da corte do rei francês Luis XIV, teve destaques em enredo, fantasia e alegorias e adereços

Por Roberta Pennafort , Mariana Sallowicz e Fabio Grellet
Atualização:

(Atualizada às 2h12) RIO - Segunda escola a desfilar na segunda noite de desfiles das escolas de samba do Rio, a São Clemente usou uma passagem da vida do rei francês Luis XIV para ilustrar a rotina da corte da França no século XV. Sob o comando da premiada carnavalesca Rosa Magalhães, a escola fez um desfile correto, com muitas cores e bom acabamento, porém sem o luxo de agremiações mais ricas, como Salgueiro e Grande Rio. Pode até surpreender e voltar ao desfile das campeãs, que reúne as seis melhores escolas, mas não empolgou o público.

O desfile criado pela carnavalesca Rosa Magalhães resultou bonito, leve e bem acabado Foto: Carlos Moraes/Estadão

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O universo francês do século XV e a rotina da corte foram bem explorados. Rosa Magalhães narrou um episódio que envolve o nobre francês Nicolas Fouquet (1615-1680). Assessor de finanças do rei Luis XIV, ele tinha um estilo de vida extravagante e esbanjava riqueza. 

Construiu um castelo que teria inspirado o palácio de Versalhes, e promoveu uma festa de inauguração que reuniu 3.000 convidados, nobres de toda a Europa. A extravagância irritou o rei, que acabou mandando prender Fouquet, que acabou morrendo na prisão.

Na Sapucaí, cada ala da São Clemente representava um grupo responsável pela construção do castelo ou participante da festa de inauguração: havia arquitetos, músicos, bailarinos, atores, cozinheiros, além de representantes de cada ornamento: a prataria, os fogos de artifício, os chafarizes, os jardins.

Nona colocada em 2016, a São Clemente pode alçar posto melhor nesta ano, mas não chegou a empolgar nem surpreendeu, apesar da habitual competência de Rosa Magalhães, sete vezes ganhadora do desfile das escolas de samba do Rio - o primeiro deles em 1982, com o Império Serrano.

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