Três criminosos em fuga invadem escola na zona norte do Rio

Grupo, que fugia de operação policial, rendeu motorista que chegava com merenda; ninguém se feriu

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Por Fabio Grellet
Atualização:
Vista do Morro da Mangueira, na região norte do Rio de Janeiro Foto: TASSO MARCELO/AGENCIA ESTADO

RIO - Um grupo de criminosos que fugia de uma operação policial no morro da Mangueira, na zona norte do Rio, invadiu uma escola municipal em São Cristóvão, na mesma região, na manhã desta quarta-feira, 5. A invasão causou pânico entre funcionários e alunos, que chegaram a ficar agachados em corredores para se proteger, mas não houve tiroteio.

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Armados com fuzis, os criminosos renderam o motorista de uma Fiorino que chegava com a merenda e fugiram com o veículo. O motorista foi liberado minutos depois. Ninguém foi preso.

Segundo a Polícia Militar, agentes do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães promoveram uma operação na Mangueira, no início da manhã. Por volta das 10h, ao verificar a aproximação de policiais, um grupo de três suspeitos fugiu, inicialmente entrando no Zoológico Municipal. Dali os criminosos passaram por outros imóveis até chegar à Escola Municipal Mestre Waldemiro, na Avenida Bartolomeu de Gusmão.

Quando os criminosos chegaram à unidade escolar havia mais de 400 alunos, entre 4 e 12 anos. Segundo funcionários, os fugitivos não chegaramabordar os estudantes. Para tentar protegê-los de um eventual tiroteio, inspetores mantiveram os alunos em corredores, orientando-os a permanecer agachados e proibindo-os de ir ao pátio, onde os criminosos estavam.

Aviso. Nesta quarta, a prefeitura do Rio solicitou às Polícias Civil e Militar que informem ao município sempre que forem promover operações policiais em áreas onde existam escolas. A informação deve ser dada com antecedência mínima de meia hora, segundo a Prefeitura, para que haja tempo hábil para proteger os estudantes.

A medida foi apresentada durante a primeira reunião do Gabinete Institucional de Segurança, realizada nesta quarta por iniciativa do prefeito Marcelo Crivella (PRB). Durante o evento, o prefeito defendeu novamente a blindagem de escolas com argamassa capaz de resistir a tiros. Numa etapa inicial, dez unidades escolares situadas em áreas de risco devem receber esse reforço nas paredes.

A iniciativa é criticada por profissionais de educação, que consideram a medida paliativa.

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