RIO - O policiamento no Morro da Mangueira, na zona norte do Rio, segue reforçado desde a última quarta-feira, 3, "para garantir a segurança dos moradores", informou o Comando de Polícia Pacificadora (CPP). A data marca o assassinato de Francisco Paulo Tostes Monteiro. O ex-traficante, que era conhecido como Tuchinha, integrou a facção Comando Vermelho e comandou o tráfico de drogas no morro. Desde 2011, trabalhava na ONG Afroreggae. De acordo com moradores, integrantes de uma facção rival (Amigos dos Amigos ou Terceiro Comando Puro) teriam invadido o morro no último domingo, 7, quando um homem morreu após troca de tiros com policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local. Após a invasão, os traficantes teriam queimado casas, pichado muros e proibido os moradores de saírem de casa. Os bandidos também teriam imposto um toque de recolher nos morros da Mangueira e do Tuiuti, a 2 quilômetros do primeiro. Ainda segundo a CPP, "todas as informações estão sendo monitoradas e setor de inteligência da Polícia Militar segue trabalhando sobre todas as possibilidades levantadas". Além de agentes da UPP da Mangueira, reforçam o patrulhamento policiais do 4º Batalhão de Polícia Militar (São Cristóvão), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), do Grupamento Aeromóvel (GAM) e de outras UPPs.TUCHINHA. O ex-traficante lavava o próprio carro, uma Land Rover Discovery, avaliada em mais de R$ 100 mil, quando foi assassinado com cinco tiros de pistolas calibre 40 e 45 disparados por dois homens em uma moto. A Divisão de Homicídios da Capital, que investiga o crime, suspeita que a morte tenha sido motivada por vingança, apesar de Tuchinha afirmar rotineiramente que não tinha mais ligação o tráfico de drogas.