Lizbeth Batista
21 de março de 2011 | 17h58
As exigências de grandes artistas sempre fizeram parte da história dos palcos.
Em 21 de março de 1911 o Estado contavava uma dessas histórias.
Uma nota sobre teatros estrangeiros informava os ganhos, privilégios e exigências da grande estrela da Ópera, Enrico Caruso .
Dando detalhes sobre o contrato de Caruso com a Ópera Imperial de Viena conta que nele estava previsto que o cantor lírico poderia fumar quantos cigarros quisesse, apesar do regulamento proibir fumar em teatros.
Para eliminar os possíveis riscos um bombeiro estaria sempre ao lado do artista. Este era encarregado de jogar em um recipiente com água todas as pontas dos cigarros consumidos pelo tenor.
Terça-feira , 21 de março de 1911
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914 as grandes casas de Ópera européias fecharam suas portas. Caruso, no entanto não deixou os palcos, realizou uma longa temporada na América do Sul.
Em 1917 apresentou-se no Municipal do Rio de Janeiro. Lá encantou o público interpretando Canio, da ópera Pagliacci de Ruggero Leoncavallo.
Durante sua rápida passagem pela cidade de São Paulo, o tenor foi entrevistado pelo Estado .
Em 5 de junho de 1917, a edição noturna do Estado trazia as declarações do artista : “ Minha arte é o meu canto. Eu sou um cantor, eis tudo. E um cantor que não tem preferência por nenhum papel. Na minha opinião, o verdadeiro artista não pode ter preferência por quaisquer dos seus papeis . (…)”
Pesquisa e texto: Lizbeth Batista
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