Por vários anos, a dinastia reinante conseguiu reprimir numerosos movimentos revolucionários que eclodiram na China descontente com sua condição quase colonial diante das grandes potências européias.
Com sucesso, mas com enorme custo, os Manchus, em 1911, ainda reinavam. Mas, por pouco tempo.
Quarta-feira, 11 de outubro de 1911
A notícia tratava da descoberta de preparativos para um levante.
Em Hankou, região central da China, uma explosão levou a polícia até o secreto quartel-general revolucionário, mantido numa casa de concessão russa.
Em meio aos explosivos e às armas, havia uma lista com os nomes dos revolucionários. Para surpresa e preocupação do regime, muitos dos nomes eram de militares do novo exército chinês, com base nas cidades de Wuchang, Hankou e Hanyang.
Diante da descoberta, os militares cientes que seu ato significava traição e que sua punição a seria a execução, amotinaram-se e deram início ao levante. Tomaram a cidade de Wuchang.
O motim dos oficiais foi seguido por levantes rebeldes em outras províncias das regiões centrais e sul do país, é tido como o estopim que deu início à Revolução Nacionalista Chinesa.
Pesquisa e texto: Lizbeth Batista
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