rosesaconi
16 de fevereiro de 2012 | 08h15
Há 20 anos
Varre, varre, vassourinha – Na campanha presidencial de 1960, o candidato Jânio Quadros e a classe média que o apoiava uniram-se de vassouras para “limpar a vida pública” dos males dos governos populistas que conduziam o Brasil desde o fim da ditadura do Estado Novo, em 1945. O utensílio foi transformado em estandarte de palanque em um País ressabiado com a crise econômica que se avizinhiaava e traumatizado por tentativas de golpe. A vassoura estava presente até no jingle da campanha, em ritmo de marchinha.
Vitorioso, Jânio combinou medidas de pretensa moralização da vida pública a ordens dadas por bilhetinhos. Renunciou em agosto de 1961 alegando que “forças terríveis” o impediam de governar. Esperava ser reconduzido, mas a manobra fracassou.
Mais de 20 anos depois voltaria à política derrotando Fernando Henrique Cardoso e outros candidatos à prefeitura de São Paulo.
Pesquisa e texto: Rose Saconi
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