Edmundo Leite
21 de fevereiro de 2011 | 19h49
A frase de Muamar Kadafi que dá título a esse post, reproduzida num texto do L’Express e republicada no Estadão em 14 de novembro de 1971, era uma amostra do estilo do jovem ditador que há dois anos tomara o poder na Líbia.
Escrito por Roger, X. Lanteri, o texto fazia um perfil de Kadafi, cujo nome naquela época era grafado nas páginas do jornal como “Moumar Khadafi”:
“… Com êle, não há compromissos – declara-nos um diplomata. Êle vai em frente, avança ou cai”. Célebre e desconhecido, este personagem que sonha com um “risorgimento” árabe é um puro berbere, um Garamante. Os cavaleiros de Aníbal que, outrora, invadiram a Europa eram Garamentes. Em vez de aceitar o julgo romano – e em seguida a tutel árabe -. êles preferiram refugiar-se no deserto. Durante vinte séculos, foram eles que guiaram as caravanas desde o Nilo até o Niger.
Franco, sincero, o sr. Khadafi tem por regra a ignorância das regras. Quando o embaixador da Checoslováquia lhe apresentou suas credenciais, o Alceste líbio, em vez dos cumprimentos rituais, observou-lhe: “Como lamento que sejais cidadão de um país escravizado!” …”
Veja essa e outras páginas publicadas no Estadão sobre a Líbia e Kadafi clicando nas imagens:
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#Pesquisa: Rose Saconi e Lizbeth BatistaProdução de imagens: José Brito e César Augusto Franciolli
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