O Estado dava seqüência à a cobertura do julgamento do caso Cuoculo.
Na edição de 11 de abril de 1911 trazia o depoimento de um dos acusados, Giuseppel Salvio, conhecido como "O Anão".
O réu, de apenas um metro de altura, negava com veemência qualquer participação no crime. Apesar de um anel dos Cuoculo ter sido descoberto em sua casa.
Culpava os carabinieri (policiais), dizia que eles haviam o colocado lá.
Mais que um processo pelo qual as leis são aplicadas e a justiça é realizada, um julgamento pode, algumas vezes, torna-se um espetáculo à parte.
O julgamento dos camorristas em Viterbo foi isso, um espetáculo.
O grande interesse pelo Caso Cuoculo não refletia apenas o desejo de justiça da sociedade, mas a sua ávida curiosidade por casos policiais. E os jornais estavam prontos para saciar seus leitores, com as mais diversas informações sobre o caso.
As edições traziam os últimos depoimentos, discutiam o desempenho dos advogados, os detalhes sobre o crime: como havia sido planejado, o local onde ocorreu, os meios empregados na sua execução.Perfis e fotos dos acusados foram publicados. Tudo foi largamente noticiado.
Pesquisa e Texto: Lizbeth BatistaSiga o Arquivo Estadão: Twitter@arquivo_estadao e Facebook/arquivoestadao