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Memória, preservação e acervos

Ramos de Azevedo era homenageado no Municipal

Por Leticia Bragaglia
Atualização:

Francisco de Paula Ramos de Azevedo

Após a consagração na inauguração do Municipal, um banquete foi oferecido ao seu arquiteto criador, Francisco de Paula Ramos de Azevedo.

Quarta-feira, 27 de setembro de 1911

  Foto: Estadão

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A nota comentava a intenção da "homenagem de elevada consideração, prestada ao conceituado engenheiro-architeto". O evento pretendia celebrar seu trabalho " (...) não só pelo Theatro Municipal, esse monumento verdadeiramente nacional devido ao talento de Ramos de Azevedo e seus distinctos collaboradores, como á obra immensa de arte e civilisação, que representa a vida operosa  desse prestigiosos cidadão, durante trinta annos, na capital do estado de São Paulo."

As obras de Ramos de Azevedo operaram uma verdadeira transformação urbanística em São Paulo no século passado.  Seu estilo e as inúmeras construções idealizadas pelo seu reconhecido escritório de arquitetura, que contava com outros proeminentes nomes da arquitetura nacional - O Teatro Municipal, por exemplo, leva também  assinatura do italiano Domiziano Rossi e o Mercado Municipal foi idealização pelo engenheiro Felisberto- fizeram dele uma espécie de arquiteto oficial da cidade.

Considerado um pioneiro da construção civil no país, não há lugar na região central da cidadeque não tenha um projeto de Azevedo.

A matéria de 1911 já reconhecia o alcance do estilo desenvolvido pelo arquiteto paulistano de família campineira, "sua influencia irradiou deste centro ás próprias cidades de província, e uma verdadeira reforma se operou na architectura nacional, então modelada em formas tradicionais, sem variação nem esthetica." Como costuma dizer Benedito Lima de Toledo, professor de História da Arquitetura da USP, "antes dele não existia estilo regular de arquitetura em São Paulo".

 

Pesquisa  e texto: Lizbeth Batista

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