Foto do(a) blog

Os problemas de São Paulo em discussão

Mãe de criança autista critica escola por filho voltar sozinho para casa

Diretoria Regional de Ensino Sul lamenta o ocorrido e informa que a direção da unidade foi orientada quanto à conduta tomada

PUBLICIDADE

Foto do author Renata Okumura
Por Renata Okumura
Atualização:

SÃO PAULO - No dia 7 de maio, por volta das 11h30, Taís Batista da Silva, de 41 anos, recebeu uma ligação do motorista da van escolar responsável por trazer seu filho para casa todos os dias da Escola Estadual Pastor Cícero Canuto de Lima, no Morro do Índio, na zona sul da capital paulista. Ela ficou apavorada.

"Meu filho tem nove anos, é autista e tem transtorno intelectual. O rapaz da van me perguntou se eu tinha ido mais cedo à escola para buscar meu filho. Ele estava há 20 minutos esperando e ninguém conseguia localizá-lo", afirmou a mãe.

Escola Estadual Pastor Cícero Canuto de Lima. Foto: Google Street View

PUBLICIDADE

Ao sair de casa, Taís se deparou com o filho chegando sozinho. "Perguntei porque ele saiu sozinho da escola. Do jeitinho dele, apenas me respondeu que o portão estava aberto. Saiu e ninguém percebeu. Ele atravessou uma avenida perigosa. Mesmo assim, resolvi ir até a escola", reforçou ela.

"No caminho, recebi um WhatSapp da psicopedagoga perguntando se alguém tinha ido buscar meu filho. Na escola, recebi justificativas inacreditáveis. Fui ao conselho tutelar registrar o ocorrido e também pedi transferência para uma escola da rede municipal", disse.

Na rede municipal, segundo a mãe, a criança autista tem direito ao acompanhamento em sala de aula de uma professora auxiliar.

Publicidade

"So quero que meu filho possa estudar, tenha supervisão e possa retornar para casa em segurança", pediu ela.

A Diretoria Regional de Ensino Sul lamenta o ocorrido e informa que o aluno em questão foi transferido para a rede municipal, conforme solicitação da responsável, que já foi informada sobre a vaga.

"A direção da escola e supervisão foram orientados quanto à conduta tomada. A diretoria regional está à disposição da mãe do aluno para quaisquer esclarecimentos", destacou a nota.

Quer compartilhar alguma reclamação em seu bairro? Mande seu relato por WhatsApp (11) 9-7069-8639 ou para o email blitzestadao@estadao.com.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.