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Os problemas de São Paulo em discussão

Mesmo após autuação, estabelecimentos desrespeitam lei do silêncio em SP

Prefeitura reforça que todos os locais citados pela reportagem serão fiscalizados novamente

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Por Renata Okumura
Atualização:

SÃO PAULO - Dando continuidade às queixas com relação à poluição sonora, a reportagem da Blitz Estadão destaca mais reclamações da população da cidade.

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Moradores da Rua Doutor Renato Paes de Barros, no Itaim Bibi, na zona oeste, voltam a informar que o bar The Juniper 44° - Drinks House, localizado no número 115, ainda desrespeita a lei do silêncio. Segundo morador, que preferiu não se identificar, a música alta pode ser ouvida de seu apartamento. Moradores também questionam a fiscalização feita pela prefeitura. "O estabelecimento agora faz eventos no terraço, incomodando toda a vizinhança. É um absurdo. Questiono ainda o prazo para a prefeitura fiscalizar o local", diz morador do bairro.

Vista do bar à noite Foto Renata Okumura Foto: Estadão

A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, por meio do Programa de Silêncio Urbano, informa que o local citado foi fiscalizado no dia 27 de maio deste ano e o estabelecimento foi autuado nos termos da lei.

"Ressaltamos que até o momento o PSIU não recebeu novas denúncias. Portanto, reforçamos a orientação para que os munícipes sempre busquem auxílio, em primeiro lugar, na regional responsável para que seja aberto o atendimento pelos canais do 156 ou nas praças de atendimento. Com o pedido solicitado em nosso sistema, é iniciado o processo de logística e programação das atividades pelas equipes das prefeituras regionais", reforçou a nota.

Na zona leste, o bar localizado na Rua Emílio Retrosi, 182, no Jardim Marilu, continua a perturbar a vizinhança. "O bar Toninha Saborear não está respeitando os moradores do bairro. A música muito alta incomoda todo mundo", diz moradora do bairro.

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Segundo a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, o estabelecimento recebeu denúncia e será fiscalizado nos próximos dias. Constatadas as irregularidades, o proprietário será autuado.

Nos Jardins, moradores também reclamam constantemente de barulho provocado por bares localizados na Alameda Santos entre as Ruas Consolação e Bela Cintra, no bairro do Jardim Paulista, onde frequentadores ocupam todas as calçadas.

Morumbi. A tranquilidade começa a ser privilégio para quem mora no Morumbi, na zona sul da capital paulista. A poluição sonora é uma das principais queixas. Moradores também reclamam de baile funk que ocorre na Favela de Paraisópolis, já que os "pancadões" não se restringem aos fins de semana. "E como fica o pancadão de Paraisópolis, onde o barulho é infernal e vara as madrugadas de sextas, sábados e domingos?", questionou o morador Luiz Fernando.

Moradores da Fazenda Morumbi, bairro vizinho da comunidade, reclamam do barulho em dias da semana. "Um dia eu saí de casa para descobrir de onde vinha o som alto. Cheguei na Favela Paraisópolis. Eu vi um carro com o porta-malas aberto. Neste dia, o barulho passou das 11 horas da noite. Não há espaço para os jovens da comunidade fazerem festas sem que o barulho atrapalhe. E agora, tem festas praticamente todos os dias", reclamou um morador da região, há 10 anos, que preferiu manter o anonimato.

Barulho provocado por academia. Na zona norte, moradores se queixam da academia Fire Gym localizada na Avenida Direitos Humanos, 2.125, no Mandaqui.

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"Há quase dois anos, uma academia foi instalada aqui em frente da minha casa, após isso os moradores não têm mais sossego, pois o som é ligado no volume alto, perturbando os moradores em vários horários", diz jovem que mora na região, mas preferiu não dar o nome.

A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, por meio do Programa de Silêncio Urbano (PSIU), informa que estabelecimento citado foi fiscalizado no dia 4 de junho deste ano e constatou ruído ambiente equivalente. Mesmo assim, o local será fiscalizado novamente nos próximos dias e, constatadas as irregularidades, o proprietário será autuado nos termos da lei.

Quer compartilhar alguma reclamação em seu bairro? Mande seu relato por WhatsApp (11) 9-7069-8639 ou para o email blitzestadao@estadao.com.

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