SÃO PAULO - 'Balada ao ar livre' é desta forma que os moradores de Cerqueira César descrevem o barulho que vem do alto da Galeria Ouro Fino, localizada na Rua Augusta, número 2.690.
Um morador, que preferiu não se identificar, ressalta que o som vem da laje do edifício. "É um abuso. Muito barulho ou música alta. Muita falta de respeito. Todos os sábados, o dia inteiro. O barulho vai até de madrugada. Bateria, música eletrônica, é balada ao ar livre", disse.
O som alto que vem da laje da Galeria Ouro Fino pode ser ouvido pela vizinhança:
O mesmo incomodo provocado por música alta é relatado por moradores do Butantã, na zona oeste da cidade. A reclamação se refere a um bar localizado na Avenida Rio Pequeno, número 685.
Eduardo, que preferiu não dar o sobrenome, ressalta que todos os domingos há shows no local e não há preparo e nem isolamento acústico. "Apesar de o meu apartamento estar localizado a 300 metros do bar, o som é tão alto que é como se o barulho estivesse dentro do meu apartamento. Já fui a Prefeitura Regional do Butantã. Já fiz diversos registros online e por telefone e nunca houve um atendimento para as ocorrências", reclamou.
A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, por meio do Programa de Silêncio Urbano (PSIU), informa que os estabelecimentos serão fiscalizados e, se necessário, os proprietários serão autuados.
"A partir de agora agentes das supervisões técnicas de fiscalização das Prefeituras Regionais poderão multar bares e restaurantes que funcionem após a uma hora sem proteção acústica, além de coibir os pancadões (emissão de ruídos sonoros provenientes de aparelhos de som instalados em veículos automotores estacionados). Antes, apenas os treze fiscais da Secretaria de Prefeituras Regionais tinham essa atribuição. Com a mudança, o total de fiscais será ampliado para 219", reforçou a nota.
Além disso, a Procuradoria Geral do Município poderá ajuizar os responsáveis em caso de desrespeito das medidas restritivas e continuidade das irregularidades apontadas, conforme Lei municipal 16.402.
Sobre o barulho que vem da laje da Galeria Ouro Fino, localizada na Rua Augusta, número 2.690, a síndica do edifício, Zizi Serrano, informou que a galeria não está de acordo, inclusive consta no contrato de locação cláusula específica sobre volume de som e tratamento acústico. "Já estamos cumprindo o protocolo que é conversar, advertir por escrito e em seguida multar, caso providências não sejam tomadas pelo locatário", acrescentou.
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