RIO - Escolada com o favoritismo que resultou em derrota nos últimos carnavais sob o comando do carnavalesco Paulo Barros, a direção da Unidos da Tijuca só mandou gelar as 60 mil latas de cerveja estocadas para uma possível festa da vitória após o resultado da apuração.
Ao contrário do que se viu no desfile, não teve truque de ilusionismo na calorenta quadra da escola, na Avenida Francisco Bicalho, zona portuária do Rio. Com o anúncio da campeã do carnaval, funcionários da Tijuca começaram a correr nos fundos da quadra com latas e sacos de gelo. Pouco antes do encerramento da apuração e da confirmação da vitória, a quadra, com capacidade para 8 mil pessoas, ainda não estava cheia. Aos poucos, foi chegando cada vez mais gente.
"Parece que o coração vai sair pela boca", disse a passista Marina Teixeira, sambando sem parar. "Foi muita luta, valeu a pena", emendou o segundo mestre-sala, Sandro Avelar. "Não tem explicação", afirmou Patrícia Cristina, a segunda porta-bandeira. Uma segunda festa está prevista para a quadra da escola no Morro do Borel, na zona norte, com mais 50 mil latinhas de cerveja distribuídas de graça, segundo o diretor da quadra da zona portuária, Fernando Leal.
Vice
Na quadra da Grande Rio, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense), a festa começou assim que terminou a apuração, depois de a escola ultrapassar a Beija-Flor e conquistar o vice-campeonato. A bateria comandada pelo Mestre Ciça e os intérpretes cantaram o samba-enredo em homenagem aos 25 anos do Sambódromo do Rio, comemorados em 2009.
O presidente administrativo da escola, Hélio de Oliveira, chegou à quadra levando o troféu, fui muito aplaudido e posou para fotos com o público. "Ninguém nos apontava como favoritos, mas nós tínhamos certeza de que fizemos um bom desfile. Conseguimos um vice-campeonato que foi quase um campeonato", afirmou Hélio.