"A prefeitura autoriza a colocação de cartazes como suposta decoração de carnaval, mas essas faixas têm muito pouco de decoração e bastante de propaganda", disse o promotor. O pedido do MP é apenas uma recomendação, mas o promotor afirmou que pode propor uma ação judicial para exigir a retirada dos cartazes.
O secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello, negou que a prefeitura tenha usado o pretexto de decoração para exibir os cartazes. "Os cartazes trazem campanha de conscientização para que as pessoas usem os banheiros químicos. Depois dos blocos, essas faixas são retiradas."
A empresa Dream Factory venceu a licitação para organizar o carnaval de rua, com a responsabilidade de colocar banheiros químicos e agentes de trânsito nas regiões onde passam os blocos. A cervejaria Ambev é a patrocinadora do evento, com a marca Antarctica, e pagou R$ 5 milhões para ter sua marca ligada ao evento.
A Dream Factory informou que seguiu as determinações do caderno de encargos da licitação. A Secretaria Especial de Ordem Pública, que fiscaliza a publicidade irregular no Rio, informou que vai retirar os cartazes se a propaganda for ilegal.
(O Estado de S. Paulo)