Todos os presos por urinar nas ruas têm sido autuados na Polícia Civil e, depois, liberados. Responderão criminalmente por ato obsceno (artigo 233 do Código Penal), cuja penalidade (três meses a um ano de detenção), em caso de condenação, acaba convertida em prestação de serviços à comunidade. O maior problema, além do aborrecimento com a perda de tempo em pleno carnaval, é que a condenação implica perda da primariedade. Ou seja, se o processo transitar em julgado por todas as instâncias e a sentença condenatória for mantida, o cidadão deixa de ser réu primário, o que pode criar dificuldades futuras, até mesmo na busca de empregos públicos, que exigem ficha limpa.
Apesar da forte repressão desencadeada este ano pela Prefeitura e do aumento do número de banheiros químicos espalhados pela cidade pela cervejaria que ganhou direito a patrocinar o carnaval de rua do Rio, ainda é forte o cheiro de urina em muitas ruas. Como os blocos têm atraído milhares de pessoas, os banheiros são poucos e sua a limpeza é deficiente e o odor desagradável é mais forte nas proximidades dos sanitários públicos.