Liberdade para quê: nunca houve censura virtuosa. Paulo Rosenbaum – médico e escritor Reluto em republicar artigos e crônicas, mas existem determinadas fases que coincidem de tal forma crise e dimensão dos problemas que torna-se impossível deixar de se referir às reflexões pregressas. A palavra censor tem várias acepções analógicas: crítico, detrator, repreensor, mas cai
As distorções crônicas diante de uma perda irreparável* *Artigo de André Lajst *Artigo de André Lajst As imagens da polícia israelense reprimindo palestinas que conduziam o caixão da jornalista Shereen Abu Akleh, em Jerusalém, rodou e chocou o mundo. São imagens fortes, impossíveis de serem justificadas. Críticas à conduta da polícia israelense vieram, como de
O Professor de Medicina Walter E. Maffei, nosso inesquecível mestre, costumava nos ensinar que “se a mãe não faz o diagnóstico, ninguém mais faz”. Para além da generalização lúcida do neuropatologista, o que Maffei queria realmente dizer com a provocação era trazer os médicos para um exercício de realidade e humildade: baixem a crista quando
Horizontes Substitutos – Mutação da linguagem III Yon Hazikaron e Yon Haatzmaut Paulo Rosenbaum Ao contrário da pregação dos revisionistas o testemunho e as testemunhas são os únicos documentos irrefutáveis da história. Escutamos, aqui e agora, desejando ou não, admitindo ou não, que a longa marcha da intolerância ainda tem sua voz garantida. Dentro
A insubstancialidade e o nada: questão de episteme. Paulo Rosenbaum, PhD. Mestre em Medicina Preventiva, Doutor em Ciências pela USP “A vida é o conjunto de fatores que resistem à morte” Bichat, 1829 “A intuição substancialista habitual é antes de mais contradita, de certo modo, pela existência da homeopatia. Com efeito, na sua forma naïve,
Um Antepenúltimo Kadish* Durante a inauguração da pedra Como você alternou de forma tão clara a consciência com nonsense? A alegria com o senso agudo de realidade, a retidão com o desapego. A pergunta que me persegue desta tua última aparição, não a dos sonhos, mas daquela noite. Aquela que foi tua última noite de
A imperdoável perplexidade do Ocidente (A paz é a recusa à barbárie)
Navalhas Pendentes e a vertigem narrativa de Paulo Rosenbaum* Resenha* por Christini Roman de Lima** “Navalhas pendentes” é o terceiro romance do médico, poeta e escritor Paulo Rosenbaum. O autor estreou na literatura com “A verdade Lançada ao Solo” (Record), publicado em 2010; em 2016 foi a vez de “Céu subterrâneo”(Perspectiva) , seu segundo livro.
Minha avó, de saudosa memória, nasceu na cidade de Chernwitzi e ainda criança teve que fugir da região que pertencia à Ucrânia. Fugiram do dia para noite, deixando tudo para trás quando os cossacos — também conhecidos como russos brancos — assassinaram seu pai, meu bisavô, dentro de casa, com um tiro na cabeça,