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Crônica, política e derivações

A Pele que nos Divide

Por Paulo Rosenbaum
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Nela, não se expira É na conveniência dos poros, e amarrada ao ritmo, que circulam as vontades. A pele que nos divide atinge velho e novo brilhos e centros arestas e quartetos É nesta pele Que enxaguamos os olhos na luz rachada de bereshit Na pele que nos divide, as colinas de separação, os trens colados, afrescos restaurados símbolos reatados signos entalhados Na pele que nos divide Poderíamos cruzar o sol Perder o excesso de luz Obter o esboço de sombras Tua mão, atravessaria mapas e outros corpos confirmando o silêncio dos livros

A pele que nos divide, novíssimo cântico dos cânticos, nos reunificaria Na pele que nos divide ainda não escrita e sob tipografias cansadas Reúne-se nos cadernos manuscritos,     Ressurge, quando a tensão trepida E a pele que nos divide Creditou-nos destino E a pele que nos dividiu conjugou troncos. A pele, agora separada, arde no amor, que ainda expira.
TORINO 10.01.2008 *Extraído do livro "A Pele que nos divide: diáforas continentais" Quixote-Do, 2018 https://brasil.estadao.com.br/blogs/conto-de-noticia/a-pele-que-nos-divide/

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