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Memória, gente e lugares

Precisaria o jornalismo de uma cota racial?

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Por Edmundo Leite
Atualização:

As imagens abaixo mostram duas turmas dos cursos de jornalismo promovidos pelos dois maiores jornais do País: Estadão e Folha. Em comum nas duas fotos, além de uma geração de profissionais que em breve se destacará no noticiário (como tem acontecido com muitos dos que passam por esses cursos), a ausência total de negros entre os selecionados.

Alguns lembrarão, corretamente, que na turma de dois mil e tanto havia a... (como era mesmo o nome dela?) e que em mil novecentos e noventa e alguma coisa teve até dois negros no mesmo ano...

25ª turma do curso de jornalismo do Estadão Foto: Estadão
54ª turma do curso de jornalismo da Folha Foto: Caio Kenji/Folhapress

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Na pesquisa para recuperar as fotos das 25 turmas do Curso Estado (algumas delas podem ser vistas no site do curso e na página do Face), a falta da diversidade racial ficava mais evidente à medida que o álbum crescia. No que foi possível encontrar do programa de treinamento da Folha na web também é notória a baixíssima presença de negros.

Essa ausência não ocorre só nos cursos de formação desses dois jornais. Em suas redações, com centenas de profissionais, também é assim. Quem se dispuser a dar uma volta pelas redações de outros jornais, revistas, sites, portais, rádios e TVs também chegará à mesma constatação: praticamente não há negros produzindo conteúdos nos grandes veículos de comunicação do Brasil. Neste dia de feriado da Consciência Negra, fica a pergunta do título.

Leia também: # Por uma imprensa marrom

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