O secretário municipal do Desenvolvimento Urbano falou conosco sobre o projeto e percebemos que ainda estava muito incipiente. Àquele momento, havia apenas um termo de referência para apresentar as ideias - não tínhamos algo concreto (custos, previsões, documentos).
Outra fonte importante para termos mais noção de todo esse processo foi Franco Corsico, ex-secretário de Desenvolvimento Urbano de Turim, cidade italiana que também apostou na técnica de enterramento da linha férrea para aproveitar o espaço na superfície. Lá, a linha férrea era uma barreira física que atrapalhava o desenvolvimento de um dos lados da via.
Há um mês da veiculação do nosso suplemento, que saiu no dia 11, a grande dificuldade de abordar esse tema foi competir com os jornais e revistas que publicavam qualquer informação nova que surgisse. Para superar esse obstáculo, encontramos uma alternativa: ir a ruas próximas dos 12 quilômetros de linha férrea que será enterrada para saber a opinião de moradores e comerciantes. Essa seria uma prévia das audiências públicas a serem realizadas pela Prefeitura para descobrir os desejos da população em relação às obras. Essa iniciativa foi importante porque, ao fazer projetos de intervenção urbana em vários locais, nem sempre o poder público resolve problemas dos frequentadores diários.
Ao percorrer essa região, percebemos a degradação do entorno dessas estações - lixo, pichação, galpões (muitos abandonados ou desativados), pouco comércio e a sensação de insegurança são alguns dos problemas. Um dos entrevistados, por exemplo, ressaltou as 28 vezes que seu bar, do lado do trecho da Barra Funda, já foi assaltado.
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Amon Borges, de 23 anos, é formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e estuda Filosofia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Gustavo Aleixo, de 24 anos, é formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Ivan Martínez, de 21 anos, cursa o último ano de Jornalismo na Universidade de Taubaté (Unitau)