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Correspondente internacional tem dever de traduzir cenário, diz Denise Chrispin

Sarah Brito

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Por Redação
Atualização:

O correspondente internacional tem o dever de traduzir o cenário de onde reporta e escreve suas matérias, defendeu a repórter especial do grupo Estado, Denise Chrispin. Ela acaba de voltar da cobertura de três anos em Washington, nos EUA, e fez palesta hoje na Semana Estado de Jornalismo. "Tem que respingar no texto a nossa visão de mundo", defendeu.

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Para ela, o correspondente não é o repórter que escreve para um público já habituado às práticas de onde vive. "Não é uma cobertura da eleição brasileira, onde sabemos como nosso povo pensa. Nós nos reconhecemos". Assim, o correspondente tem de mostrar essa situação que em determinado local o eleitorado, por exemplo, é conservador e pensa diferente do brasileiro.

Em reportagem recente, durante as eleições americanas de 2012, Denise contou que teve de aprofundar seu conhecimento no sistema eleitoral diferente, fez muitas viagens ao interior e cobriu debates e convenções para compreender a sociedade. "Você mergulha na mentalidade americana", disse.

Esse movimento mostrou à jornalista um mundo diferente: "um conservadorismo profundo, egoísta, com resquícios de ódio racial a negros e hispânicos". E esse sentimento deve ser passado e entendido pelo leitor, defendeu. Denise voltou ao país esse ano e faz hoje matérias especiais para o Grupo Estado em economia e política internacional.

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