Em nossos encontros, assistimos entusiasmados às ideias de Paco sobre a função do jornalista: partindo do pressuposto de que comunicar é formar comunidades, o jornalista tem a importante missão de trabalhar para o bem comum, fazendo o possível para que essa comunidade seja livre. Livre, aqui, significa saber tudo o que for necessário para ter a capacidade de tomar decisões. Em última instância, trabalhar pra o bem comum é contribuir para a felicidade da comunidade a que se pertence.
Nosso trabalho, como comunicadores, é fazer com que os distintos grupos que compõem cada comunidade se conheçam e se compreendam. Devemos ser capazes de entender o mundo, o país, o local - ou seja, toda a cultura. E ele enfatiza: a cultura é um intento de dar sentido ao viver. Parafraseando Nietzsche, reforça: "O homem é capaz de suportar qualquer quê se tem um para quê". Daí a necessidade de se ter uma formação muito especial para entender a natureza humana e, especialmente, essa nossa cultura.
Para isso, é preciso ler. "Ler muito. Ler sempre um metro de livros (deitados) por ano. Cem páginas por dia." Nessa vida atribulada de hoje em dia, a dica dele para aproveitar o pouco tempo livre é carregar sempre um livro, para ler sempre que der. Podemos começar já, lendo alguns dos muitos textos que Paco tem nos sugerido:
- A Bíblia
- "Cartas a um jovem poeta", de RM Rilke.
- "A arte de fazer um jornal diário", de Ricardo Noblat
- "O homem à procura de sentido", de Viktor Frankl
E para finalizar, um texto de Paco sobre as qualidades que todo comunicador deve ter, e que ilustra muito bem a essência do escrever: La escritura como modo de vida.
Heloisa Aruth Sturm, de 29 anos, é formada em Direito e em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP)