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'No jornalismo, é preciso de alguém que entenda de negócios', diz dono do Meio

Criador da startup Meio, Pedro Dória avalia que jornalistas precisam de apoio de gestores para se manter no mercado

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Por Redação
Atualização:

Por Stefano Wrobleski

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Convidado da Semana Estado de Jornalismo, Pedro Dória considera que os profissionais da área devem trabalhar ao lado de pessoas com experiência de negócios. "Essa figura é fundamental para se montar uma startup", diz. Pedro é um dos criadores do Meio, empresa criada em 2016 que distribui um resumo diário de notícias por e-mail - os newsletters. Nesta terça-feira, 24, ele falou sobre novas formas de levar a notícia ao leitor.

O diferencial do Meio é organizar as principais notícias do dia em um só espaço, independentemente do veículo que as publicarem, e entregar ao usuário uma compilação que pode ser lida "em oito minutos", como a startup divulga em seu site.

Pedro fundou a empresa em sociedade com Vitor Conceição, que tem 20 anos de experiência em empreendedorismo e é a "pessoa de negócios" do veículo. "Vitor é um cara que entende da imprensa e da internet, mas não é jornalista. Imagino que existam jornalistas que tenham capacidade de montar modelo de negócios, mas não era o meu caso."

O criador do Meio tem ampla experiência em internet. Além de ter participado da criação de dois veículos exclusivamente digitais, Pedro publicou, em 1995, o "Manual para a internet", primeiro guia brasileiro sobre o tema, numa época em que navegar online significava digitar linhas de código em telas pretas de computador.

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Em 2000, três investidores apostaram no site noticioso NO., do qual Pedro foi editor até 2002, quando a bolha da internet estourou e o veículo perdeu patrocínio e foi encerrado. Pedro se uniu com parte da equipe e rumou para um novo projeto, intitulado NoMínimo, que ficou no ar até 2007.

Agora no Meio, o jornalista montou com seu sócio um modelo de negócios, que é o plano da nova empresa para crescer. A startup tem um investidor que permite à equipe, formada por quatro pessoas, se dedicar à produção dos newsletters. "Um dos motivos para isso é que precisamos minimamente nos sustentar enquanto criamos uma base sobre a qual estamos montando o negócio", afirma Pedro.

Mas, para se tornar o projeto viável financeiramente, o jornalista diz ter um plano de sustento no qual a produção de conteúdo patrocinado está no horizonte. Os newsletters, no entanto, devem permanecer gratuitos.

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