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O dia a dia dos alunos Curso Estado de Jornalismo

O Editorial do Estadão

Foi dada a largada! Começou o 23º Curso Estado de Jornalismo e nós, Focas 2012, vamos abastecer este blog a partir de hoje com um pouco de tudo: detalhes do nosso cotidiano, dicas e posts que procuram ampliar o que estamos discutindo por aqui, com jornalistas do Grupo e professores convidados.

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Por Redação
Atualização:

Começando logo pelas primeiras páginas do jornal, tivemos um encontro interessantíssimo com o editor responsável pela opinião do Estado de S. Paulo, Antonio Carlos Pereira. É ele que, seguindo as diretrizes definidas pelo Diretor de Opinião, Ruy Mesquita, cuida do conteúdo publicado diariamente nas páginas 2 (artigos; hoje, o espaço é ocupado por José Goldemberg e Carlos Alberto Di Franco) e 3 (editoriais propriamente ditos).

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O Estadão opina sobre as eleições?

Antonio Carlos era a pessoa certa para perguntarmos sobre um editorial que provocou muito debate na última eleição, inclusive nas nossas universidades: O Mal a Evitar. No texto, publicado em 26/10/2010, o Estado defende a candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência. "O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País", dizia o editorial. 

O editor de opinião disse não ter entendido a razão de tanta polêmica, uma vez que não foi a primeira vez que o jornal declarou, na página 3, quem vai  apoiar em uma determinada eleição. Lembrou que ter política definida está no DNA da publicação (o jornal nasceu para apoiar a República e lutar pelo fim da escravidão). Antonio Carlos citou o editorial em que o Estado defendeu o voto pró-Marta Suplicy (PT) na campanha contra Paulo Maluf (agora PP), em 2000, pela Prefeitura de São Paulo.  E explicou que a definição política feita na página 3 não interfere no noticiário do jornal. Os textos das reportagens não passam pelos editorialistas, assim com os editoriais não são submetidos à redação.

 Foto: Estadão

 

 - "E, nesta eleição, o Estadão vai voltar a declarar seu voto?", perguntamos. Antonio Carlos respondeu que a posição dos editoriais já está clara - e que ele não veria necessidade de fazer isso desta vez. 

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Vale lembrar que o Estadão, em parceria com o YouTube e a TV Cultura, promove hoje um debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Para quem quiser acompanhar, o link é este aqui.

Para quem já se perguntou quem escreve os editoriais, ele diz que a equipe tem 13 pessoas, que trabalham no andar da redação, mas em uma área exclusiva. Segundo Antonio Carlos, o time de editorialistas tem uma reunião diária com Ruy Mesquita, na qual são definidos os principais assuntos do dia. São jornalistas muito experientes - não só na reportagem ou na edição, mas na vida. "São pessoas que já não se surpreendem com facilidade", diz Antonio Carlos. Para eles, uma informação que um foca poderia acreditar ser "um furo" pode não ser nem novidade, de tantas fontes (e QUE fontes) que eles têm. Está claro que participar de uma dessas reuniões virou sonho de consumo para os focas.   Dica de leitura Quer um exemplo clássico de editorial? É praticamente obrigatória a leitura de Instituições em Frangalhos, publicado no Estadão em 1968.

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