A roda dos dias entrou em um paradoxo que conseguia fazê-los passar ao mesmo tempo devagar para serem sentidos como semanas e absurdamente rápidos, impossíveis de conter, como se entre as 8h do início da aula e as 23h59 da entrega das matérias não houvesse mais que duas horas. Em meio a isso, palestras históricas, outras comuns, amigos de infância recém apresentados, a famigerada redação e o fim abanando de longe, preferencialmente longe.
Agora, sem aviso, ou talvez com avisos que evitamos escutar, o dia 10 se aproxima, e com ele o fim. Porque cursos são cursos e passam. Mas poucos são capazes de transformar três meses em tanto tempo. Fomos estranhos, fomos focas, fomos amigos, viramos uma família. E que a roda gire novamente e possamos nos encontrar por aí, com sorte, exercendo o que nos trouxe de longe e de perto até aqui: o jornalismo.