Hoje a desculpa não funciona mais. Chico Ornellas, coordenador do curso, lembra o óbvio, mas indispensável: "Ninguém mais aqui é criança." A postura profissional difere radicalmente da universitária, e basta um pouco de bom senso para não parecer imaturo. Como é melhor pecar pelo excesso, recebemos em algumas palestras certas dicas para, digamos, despertar esse bom senso.
As duas exposições da consultora de imagem Renata Mello, por exemplo, foram sobre o vestuário e o comportamento. Nas palestras, fomos além do óbvio "Não usem chinelos.". Discutimos a formalidade das roupas e como uma primeira boa impressão pode ganhar a simpatia ou a confiança imediata de um entrevistado. Além disso, discutir o comportamento na empresa ajudou a refletir sobre nossa tendência a tratar chefes e colegas de trabalho como amigos. Não confundir essas relações, ser menos tagarela e mais objetivo foram alguns conselhos úteis da consultora.
Outras dicas vêm de outros jornalistas, desde jovens ex-focas até profissionais aposentados com três ou quatro décadas de experiência. Ter humildade na apuração de pauta e no ambiente da redação foi o mais repetido nas palestras. Outro conselho, de ex-focas que se tornaram repórteres do Estado, foi estar sempre disponível no começo da carreira, mesmo que isso exija alguns sacrifícios. Como se vê, são recomendações muito simples, baseadas no bom senso - mas ajudam a conquistar um lugar no ambiente de trabalho e a evitar erros que podemos facilmente deixar passar.