Gazzi destacou que, mesmo com a internet, o jornal mantém-se como um produto interessante, tendo um espaço muito grande para crescer no mercado brasileiro.
"O jornal é quase um parente. Quando erra, seus leitores lamentam, mas, quando acerta, eles vibram", disse.
Apesar desse otimismo sobre a continuação do jornal de papel, Gazzi já mira o desenvolvimento de novas plataformas para a leitura de notícias, como os tablets (o iPad, por exemplo).
Essas novas plataformas diminuiriam os custos com papel e, principalmente, com a distribuição, um dos processos mais caros para as empresas jornalísticas.
Segundo Gazzi, fazer um jornal chegar até um local muito distante da sede da publicação é pouco rentável. Como exemplo desse panorama ele citou minha cidade, Tambaú, localizada a 300 km de São Paulo.
"Com o tablet temos um instrumento para crescer mais fora de São Paulo. Vamos poder economizar em papel e distribuição e investir mais em contratação de pessoas", explicou Gazzi.
Até agora, o Estadão já disponibilizou duas versões para tablets. Mas, enquanto aplicativos como o iPad não se tornam populares, o jornal de papel continua forte, chegando aos mais remotos lugares. "O jornal tem de estar onde o leitor quer, quando o leitor quer", diz Gazzi. Tambaú agradece.