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O dia a dia dos alunos Curso Estado de Jornalismo

Universitários comentam o jornalismo em suas cidades

Por Hermínio Bernardo, Igor Costa, Rafaela Malvezi e Renato Alban

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Por Redação
Atualização:

Estudantes de jornalismo do interior paulista e de outros Estados veem São Paulo como foco de oportunidades no mercado de trabalho. Durante o segundo dia da Semana Estado de Jornalismo Ambiental, alunos de Atibaia, Ribeirão Pires, Guarulhos, Natal e Curitiba conversaram com o Blog Em Foca sobre como é a cobertura jornalística em suas cidades.

Estudante do terceiro semestre, Livia Biazi, 19, estagia em um jornal em Ribeirão Pires, no interior de São Paulo, e vê limitações no jornalismo da cidade. "Lá em Ribeirão, o jornalismo é forte, mas ainda pequeno e bem fechado".

 Foto: Estadão

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Da esquerda para direita (sentido horário): João Bortoti Daleffe, Marina Cardoso, Gabriel Bentley, Monika Schurz, Kaique Dalapola e Lívia Biazi

No município de Atibaia, interior paulista, o jornalismo é muito influenciado pelos órgãos oficiais, segundo a estudante Monika Schurz, 19. "É muito comum ter manchetes repetidas nos jornais da cidade. Trabalho na assessoria da prefeitura e já vi meu texto sendo publicado na íntegra nos jornais, é muito dependente"

O mesmo cenário se repete em Natal, de onde vem Marina Cardoso, 20. "Os jornais são pequenos, o maior tem 20 pessoas trabalhando. Se compararmos com o Estadão, a diferença é enorme". Marina ainda reclama do pouco estímulo à leitura. "Quase não há bancas. O consumo de notícias é quase exclusivamente pela televisão."

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O curitibano João Bortoti Daleffe, 19, relata a importância do jornalismo local. "Em minha cidade tem mais ênfase local, há muitos jornais de bairro e até de rua". Apesar de estar no inicio do curso, João deseja se mudar para São Paulo, onde acredita ter mais oportunidades na carreira. "Escolhi essa profissão para conhecer outras culturas e poder trabalhar em várias plataformas, como TV e rádio".

Já em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, os jornais da cidade não tem a mesma força, segundo conta Gabriel Bentley, 19. "Há poucos veículos de comunicação, os jornais mais vendidos são os da cidade de São Paulo mesmo".

Apesar do mercado jornalístico de São Paulo ser considerado uma referência para os estudantes de outras cidades, para Kaique Dalapola, 21, a periferia é negligenciada pela mídia. "Reintegrações de posse, problemas de investimento no transporte público e manifestações que acontecem na periferia não são noticiadas, não chegam a todos", diz o estudante, morador do Grajaú, bairro da zona sul.

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