Da Redação
28 de janeiro de 2022 | 16h10
Quando a cantora Fabiana Cozza foi chamada para interpretar a sambista Dona Ivone Lara no teatro, em 2018, surgiu um debate no movimento negro: o tom de pele de Fabiana é mais claro que o de Dona Ivone. A escolha da artista para o papel foi questionada. No fundo da discussão estava o colorismo, tema deste episódio do “Expresso na Perifa”.
Na visão do colorismo, as pessoas negras têm experiências raciais diferentes a depender da pigmentação. “Elas vivem o que é ser negro, também e principalmente, de acordo com a tonalidade da pele”, diz a jornalista e militante do movimento negro Juliana Gonçalves.
Para Juliana, no entanto, pessoas negras de pele clara e escura não devem ser colocadas em trincheiras diferentes: é preciso estar atento ao colorismo que se apresenta como estratégia para dividir, desarticular e enfraquecer a própria luta por direitos e o combate ao racismo estrutural.
Informação, reflexão e debate
Expediente Expresso na Perifa
Direção e pauta: Lucas Veloso
Reportagem e apresentação: Artur dos Anjos
Locução de vinhetas: Viviane Zandonadi
Capa do documentário ‘Dark Girls’ (2011), sobre colorismo. (Foto: Reprodução/IMDB)
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