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Podcast: O assalto aos cofres públicos do fundão eleitoral

Por Por Gustavo Lopes
Atualização:

O Congresso Nacional resolveu derrubar um veto do presidente Jair Bolsonaro referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tirava cerca de R$ 5,7 bilhões em recursos públicos para o fundo eleitoral em 2022. Com a decisão, esse será o valor que os partidos terão para investir em suas campanhas. "A antipolítica custa ao povo bilhões de reais para que de dois em dois anos a gente lembre que a antipolitica é que nos governa e toma as decisões por nós", afirma o cientista político Humberto Dantas, entrevistado do podcast.

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A aprovação do novo valor do fundo eleitoral foi um dos raros momentos da atual política brasileira que uniu parlamentares da base do governo e da oposição. O bloco liderado pelo Centrão encabeçou as articulações na Câmara. Tanto o PL, partido do presidente, quanto o PT, do ex-presidente Lula, votaram a favor do fundo eleitoral. Apenas o PSOL, Novo, Podemos e PSL orientaram que suas bancadas votassem contra o aumento do fundão.

A equipe econômica do governo defendia que o valor se mantivesse em R$ 2,1 bilhões. Ao vetar esse trecho da LDO, Bolsonaro argumentou que a medida "contraria o interesse público". Os partidos que sairão com uma bolada de toda essa história são PT e PSL, com cerca de um bilhão de reais cada. "Dinheiro não decide a eleição, mas não é possível se eleger sem ele", destaca Dantas.

Conforme o Estadão/Broadcast revelou na semana passada, para aumentar o fundo, parlamentares pretendem tirar recursos da própria Justiça Eleitoral, responsável por organizar as disputas nas 5.568 cidades do Brasil, atualmente previsto em RS 10,3 bilhões.

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Apresentação: Gustavo Lopes

Produção/Edição: Jefferson Perleberg e Ana Paula Niederauer.

Montagem: Moacir Biasi

 
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