Por ser o mês de nascimento de Pixinguinha (1897-1973), abril é época de exaltação do choro, o gênero que o músico ajudou a formatar. Para quem gosta ou quer descobrir o choro, uma série de shows e debates foi programada no Rio, cidade em que os chorões surgiram, em meados do século 19, e se multiplicaram.
O Centro Municipal de Referência da Música Carioca, na Tijuca, na zona norte, montou uma agenda especial de apresentações todos os domingos, às 11 horas, a R$ 20. As próximas serão dos grupos Choro Carioca (dia 12), Duo Bate Papo (dia 19) e Novos Chorões (dia 26), que tocam repertório de nomes como Villa-Lobos, Paulo Moura e Raphael Rabello.
No dia 23, o Dia Nacional do Choro (data do aniversário de Pixinguinha), às 19h30, o Centro Municipal lança o CD do bandolinista Luis Barcelos Depois das cinzas, só com choros autorais. O ingresso também custa R$ 20.
Nos dias 25, 26 e 27, será realizado do VI Festival Nacional de Choro, inteiramente gratuito, e que este ano homenageia o violonista Garoto (1915-1955). A atrações têm alto nível: serão 20 shows de grupos referenciais como Choro na Feira, Água de Moringa, Nó em pingo d'água, Trio Madeira Brasil, Camerata Brasilis e Galo Preto.
O festival oferece ainda oito palestras sobre a memória do choro, com temas como a trajetória de seus expoentes, os acervos pessoais deixados e a cena "chorona" em outras cidades. Os shows serão ao ar livre, na Praça Tiradentes, no centro do Rio; as palestras, no auditório da Casa do Choro, que será inaugurada no dia 25 na Rua da Carioca e fica distante poucos metros da praça.