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Rio estuda implantar usina de dessalinização contra crise da água

Empresa espanhola responsável pelo projeto está levantando custos; usina seria capaz de abastecer um milhão de pessoas

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Por Redação
Atualização:

Por Marcio Dolzan e Sílvio Barsetti

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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), revelou nesta quinta-feira que o Estado está avaliando a construção de uma usina de dessalinização na região metropolitana para suprir um eventual colapso no sistema de abastecimento de água. Pezão afirmou que uma equipe já está levantando custos e que a ideia é construir a usina com apoio da iniciativa privada. Se o projeto for adiante, a usina seria capaz de abastecer um milhão de pessoas, disse o governador.

Governador fixou teto: 1,93% mensais ( Foto: Wilton Júnior/Estadão)

"Ontem (quarta-feira) eu estive com técnicos espanhóis, pedi um custo que a gente quer deixar como reserva - estou anunciando até em primeira mão - numa usina de dessalinização na zona oeste do Rio, perto das empresas", declarou Pezão, logo após participar de um evento na sede do Comitê Rio.

O governador não falou em valores. "Eu pedi custos, vi e gostei. É um grande grupo espanhol. Eles estão levantando esses custos para me apresentar em 15 dias", destacou. "Eu achei muito viável. É custo maior, mas já baixou muito. São preços que já são 1/3 do que eram dez anos atrás". Segundo ele, a empresa já atua em projetos semelhantes em 25 países, entre os quais Cingapura, no Catar e na Espanha.

Segundo Pezão, a usina seria utilizada em última necessidade. "Ficaria como uma termelétrica, se precisar a gente abastece um milhão de pessoas. Quero fazer um teste, pedir os custos. Quero fazer uma PPP na zona oeste, junto com as empresas, e dependendo do custo fazer uma em São Gonçalo (cidade do Grande Rio), perto da região aqui", afirmou o governador.

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Ainda de acordo com o governador, a população do Rio está atenta ao problema do desabastecimento de água e vem colaborando, mas o governo fluminense ampliará as campanhas para a economia de recursos hídricos.

"A gente quer sempre reduzir, ficar alertando. A gente já vem fazendo campanhas e a população está consciente. A gente não tem a utopia de que os 16,4 milhões de cariocas e fluminenses sejam todos iguais, mas vamos intensificar muito", disse.  "Vou pedir para o secretário de Educação, de Meio-Ambiente, fazer uma grande campanha nas escolas. É um processo permanente. Estão aí os sinais da natureza de que o clima está mudando."

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