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Jornalismo de Reflexão

Encontros e desencontros entre o Twitter e Bolsonaro, por Eugênio Bucci

Por Morris Kachani
Atualização:

Assista a entrevista completa: http://shorturl.at/isHV7

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No começo desta semana, o Twitter retirou do ar um post do presidente Bolsonaro, mais um em que estimulava o contato social em tempos de Covid-19. Foi uma notícia auspiciosa.

Porém ao invés de suprimi-lo, melhor seria se a plataforma o mantivesse no ar com uma advertência ou um carimbo, de informação errada. "Não se pode falsificar a história", argumenta Eugênio Bucci, jornalista e professor da ECA-USP.

E como o Twitter e outras plataformas deveriam reagir diante de posts presidenciais que difamam jornalistas ou saúdam torturadores? Existiria um código possível de conduta? Esta foi uma parte da conversa que tivemos hoje pela manhã.

Na outra, Bucci sugeriu a quebra de monopólio e a regulamentação urgente das mídias digitais, em nível global, sob o risco de cairmos com a democracia. "Os grandes conglomerados são opacos. Não são transparentes. Ninguém sabe o que estão fazendo com nossos dados, nem o poder público".

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Não se trata de um debate simples. A mesma mídia que fomenta teorias, fake news e campanhas políticas obscurantistas, celebra o debate democrático e tem à mão informações preciosas que podem ser de serventia para o combate à pandemia. É preciso achar um espaço onde interesses públicos e direito à privacidade se encontram. Acima de tudo, a qualidade da informação precisa ser preservada sem ferir os princípios de liberdade de expressão.

A conversa se encerrou com Bucci explicando o que Maduro e Bolsonaro têm em comum, além de tweets apagados.

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