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Jornalismo, educação, tecnologia e as combinações disso tudo

Opinião|Reflexão: como era difícil fazer jornalismo! E hoje?

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Atualização:

Recebi esse vídeo da amiga Solange Villela. É, no mínimo, muito curioso! Mostra como o Estadão era produzido em 1935, um processo industrial intrincadamente fascinante, de um mundo que não existe mais. Vale a pena assistir!

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O Estadão era o maior jornal do país, com a tecnologia mais moderna. O papel era o jeito mais eficiente de distribuir muita informação, uma verdade que perdurou até a virada do século.

O jornalismo digital surgiu em 1994 (eu estava lá, "cortando o cybermato"). De repetente, tudo podia ser feito melhor, mais barato e mais rápido. E a coisa explodiu com a popularização dos smartphones: além de ficar muito mais fácil qualquer um consumir conteúdo, também ficou para produzir.

Em 2011, quanto era gerente de produtos digitais do mesmo Estadão, calculei, de todos os gastos do jornal, quanto se referia à produção de notícia. Resultado: apenas 21%! Os outros 79% se referiam à gráfica, à infraestrutura predial e ao transporte.

Hoje o impresso ainda existe, muito mais barato e automatizado. Mas continua caro e ineficiente. O único problema do digital é que, por ser muito simples e muito barato, qualquer um pode publicar uma grande barbaridade e uma multidão acreditar. As "fake news" estão asfixiando o bom jornalismo. E, com ele, a democracia.

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Opinião por Paulo Silvestre

É jornalista, consultor e palestrante de customer experience, mídia, cultura e transformação digital. É professor da Universidade Mackenzie e da PUC–SP, e articulista do Estadão. Foi executivo na AOL, Editora Abril, Estadão, Saraiva e Samsung. Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP, é LinkedIn Top Voice desde 2016.

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