Como não cabe todo mundo na Papuda, que se instaure ao menos a CPI do Eleitor do DF, de preferência no Congresso para que o resto do país consiga entender melhor o que está por trás da indústria suprapartidária de escândalos fomentada pelas urnas da Grande Brasília. O voto é, evidentemente, cúmplice de todas as grandes lambanças da política no Cerrado.
Diferente do que virou triste rotina em vários palácios de governo da federação, o que acontece por lá dispensa as preliminares de suspeitas de malfeitos e gritos de "pega ladrão". Rola direto um strip-tease ético trash: audiovisuais de mão-boba na bufunfa, língua nos dentes, boca na botija, dedo-duro, um passando a perna no outro, sotaque cafajeste, erros de concordância, pouca-vergonha.
Só pode ser coisa orquestrada pelo eleitorado do Distrito Federal. É seu voto que, em última instância, escolhe a dedo os protagonistas da política-pastelão que - entra governo, sai governo - segue se superando para não frustrar a expectativa das urnas.
Agnelo Queiroz chegou ao cúmulo de dia desses afastar, de um tapa só, a cúpula de sua Polícia Civil, acusada de deixar vazar conversa fiada do governador com o corrupto que o acusa de cúmplice na ladroagem.
Tomara que, se continuar nessa batida, tenha logo o mesmo destino glorioso de seus antecessores. Ele merece!