Tutty Vasques
26 de julho de 2011 | 06h23
Não se pode exigir luto bem comportado sabendo-se, de antemão, que adivinhar a data da morte da falecida era pretexto de um bolão de seus fãs na internet. Quem acertasse ganharia – de brincadeirinha, claro! – um iPod touch. Por essas e por outras, a tragédia anunciada de Amy Winehouse dispensa a habitual contrição dos obituários.
O comentarista esportivo Milton Neves, por exemplo, sentiu-se liberado para soltar no Twitter uma piadinha lamentando que a cantora tenha partido “sem ver o Corinthians campeão da Libertadores”.
Amy não é, decerto, exemplo para se exigir atitude politicamente correta de ninguém. Não à toa, as redes sociais servem em seu velório doses generosas de humor negro pouco comum à ocasião:
“Foi crack no que fez, levou seus fãs ao ecstasy, grande carreira, uma heroína, 2 CDs e muitos LSDs, do pó ela veio, ao pó voltará…” – daí pra baixo!
Nada tão de mau gosto quanto a retrospectiva que o ‘Pânico na TV’ fez do quadro do programa que tem como clímax o espumar da cantora pelos cantos da cena!
Onde quer que ela esteja enchendo a cara no céu, tomara que lá não pegue a Rede TV! Ninguém merece homenagem assim!
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