Quando, enfim, chegar às farmácias, a pílula do esquecimento vai vender mais que Engov e Viagra. Imagina só: vem aí um remédio capaz de tirar da sua cabeça toda e qualquer notícia desagradável. Esqueça a crise, o aquecimento global, o Senado Federal, o BB, o BBB e o escambau. Afora a cura da indignação, a nova droga promete ainda acabar com a dor-de-cotovelo crônica. Sabe aquela paixão que te tortura, pufff, quem?!
Os pessimistas dizem que a novidade só chegará ao mercado daqui a 100 anos, como se fosse mesmo haver século 22. Vai ver esqueceram, né?
Texto publicado no caderno Cidades/Metrópoles deste sábado no 'Estadão'