Tutty Vasques
16 de março de 2012 | 06h36
O rompimento dos senadores do PR com o governo é, a rigor, má notícia para todo mundo: a presidente Dilma perdeu sete votos na casa legislativa e a oposição ganhou a companhia de Blairo Maggi.
Nada tão grave quanto o relacionamento de Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira e, convenhamos, tem coisa muito pior na base aliada do governo.
O problema da chegada de Blairo Maggi à oposição é o precedente que isso abre na fronteira com a situação que atravessa o Palácio do Planalto.
Imagina se, no rastro do PR de Blairo, o PMDB do Renan Calheiros e o PDT do Carlos Lupi tomarem o mesmo caminho, trazendo o Sarney, o Romero Jucá, o Paulinho da Força e o Amazonino Mendes para a mesma trincheira de José Agripino Maia, Ronaldo Caiado e Álvaro Dias. Já pensou?
Não à toa, Aécio Neves está visivelmente preocupado com os rumos de sua candidatura em 2014. O senador nunca foi apegado ao conceito puro-sangue em política, mas pondera que “tudo tem limite, sô”!
Já disse inclusive a amigos que, para se eleger com essa turma que dá governabilidade a Dilma, prefere deixar o Serra realizar seu velho sonho político na presidência da República.
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