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A universidade do fim do mundo

Um dos grandes problemas do ser humano na iminência do fim do mundo é esta tentativa desesperada de compreender que diabos está acontecendo, antes que tudo se acabe. As aulas práticas do noticiário não dão conta da ignorância coletiva ávida por conhecimento científico específico que explique cada uma das catástrofes em andamento. A maioria dos mortais acaba entendendo um pouco de tudo, mas nada muito bem.

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Por Redação
Atualização:

Agora mesmo, no meio do curso intensivo sobre Geologia no Cinturão de Fogo, os jornais passaram a lecionar Física Nuclear, com ênfase em situações de risco. Teve gente que não chegou a perceber direito a relação da movimentação das placas tectônicas com o deslocamento do eixo da Terra e, de repente, precisou se inteirar sobre resfriamento de reatores, pastilhas de urânio, liga de zircônio, fissão do urânio, redoma de contenção de combustível derretido, reação nuclear em cadeia...

Tudo será mais fácil no futuro se o Fim do Mundo, de uma maneira geral, virar disciplina curricular já no Ensino Fundamental das escolas. Ou essa garotada que está vindo por aí vai crescer sem assunto em dias como estes, em que os jornais não falam de outra coisa.

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