O velocista jamaicano seguido de perto pelo nadador americano são esperanças de conciliação em Londres entre o doloroso esforço de ganhar e o prazer de estar numa Olimpíada para quebrar, além de marcas, paradigmas.
Sabe, por exemplo, aquele modelo de superação de quase todo atleta que abre o berreiro na hora do Hino Nacional? Com eles, esse tipo não se cria! Cá pra nós, tem coisa mais chata que a celebração do sofrimento?
Desde que chegaram ao Reino Unido, Phelps e Bolt vêm procurando, cada um a seu modo, desviar a glória que os espera da via crucis do herói olímpico.
Pelo que se viu na entrevista coletiva de cada um, a dupla busca a felicidade na escalada do pódio.
Mal comparando, entre os brasileiros com chances de medalha em prova individual, o mais próximo desse estado de espírito é o Diego Hypólito.
O César Cielo se leva a sério demais. Repara só!