Tutty Vasques
26 de julho de 2008 | 15h30
Os americanos estão ainda chocados com a recepção a Barack Obama na Alemanha, como se ele fosse um astro do beisebol ou da NBA. “Devem tê-lo confundido com a revelação Tim Beckham, o Beckham Negro do taco”, comentava-se ontem em Nova York. “Ou, então, com o ala-armador Kobe Bryant, do Los Angeles Lakers.”
A política, como se sabe, exerce sobre os americanos o mesmo fascínio do soccer. Os últimos ídolos deles nessas modalidades foram, respectivamente, John Kennedy e Pelé. De lá pra cá, o desinteresse popular tem sido crescente em eleições e jogos de futebol nos EUA. Daí a surpresa geral com o delírio de 200 mil alemãs na festa surpresa de Barack Obama.
E olha que, se Nicolas Sarkozy não o escondesse ontem em seu palácio, a aclamação teria se repetido em Paris: 84% dos franceses – garante o correspondente Gilles Lapouge – votariam em Obama (os demais 16%, presumo, preferem Ingrid Betancourt).
O cara, enfim, está podendo! Só falta Chicago recebê-lo de volta neste fim de semana como seu maior astro internacional – depois de Michael Jordan, é claro.
Texto publicado originariamente no caderno Metrópole do ‘Estado’ deste sábado
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