Tutty Vasques
04 de junho de 2013 | 06h05
A posse na semana que vem da escritora carioca Rosiska Darcy na vaga de Ledo Ivo na Academia Brasileira de Letras revela uma faceta pouco conhecida da imortalidade como ela é na Casa de Machado de Assis: os acadêmicos não levam desavenças internas para o túmulo!
Familiares do poeta alagoano enterrado desde dezembro no mausoléu da ABL já anunciaram que não vão à solenidade do dia 14 em protesto contra a escolha do também imortal Eduardo Portella, inimigo figadal do falecido, para mestre de cerimônia do ritual de passagem da cadeira 10 da Academia.
Difícil imaginar o tipo de homenagem reservada a Ledo Ivo, que nunca teve papas na língua sobre o orador: “Portella é um falso, a começar pela cabeleira tingida e aquela cara cheia de Botox!”
Certa vez, os dois só não saíram no tapa em festa de fardão porque foram contidos por outros velhinhos depois que o poeta jogou um copo de Coca-Cola em seu desafeto.
Mal comparando, briga de imortal faz a arenga de Lobão com Caetano parecer coisa de criança!
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