Tutty Vasques
17 de abril de 2014 | 00h04
Anderson Silva reclama de bullying na infância à revista ‘Trip’ que chegou às bancas, mas, no caso do lutador, a voz fina tinha o agravante do balé que ele praticava antes das artes marciais. Muito mais pelo preconceito com as sapatilhas, amigos o chamavam de ‘mocinha’!
Falar fino no Brasil não faz de ninguém alvo automático desse tipo de comportamento perverso, o risco é zero em quem não precisa abrir a boca para vencer. O Emerson Fittipaldi, com aquela vozinha ridícula, foi longe! O próprio ‘The Spider’, depois de chutar a cara de uns e outros, acabou faturando com o timbre desproporcional à sua força física em comercial de TV.
Só a propaganda política não sabe ainda como explorar esta particularidade fonética de certos candidatos. Marina Silva teria sido derrotada em 2010 pelos próprios agudos nos debates de presidenciáveis. Eis o grande desafio do marqueteiro do PSOL para fazer do senador Randolfe Rodrigues sucessor da Dilma. O nome, cá pra nós, também não ajuda!
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