Chute no ouvido

Ao abrir mão do sagrado direito de pedir música no 'Fantástico', prerrogativa assegurada a quem faz três gols no domingo, o atacante argentino Herrera, do Botafogo, merece aplausos pelo bom exemplo que deu aos colegas brasileiros.

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Por Redação
Atualização:

Gosto musical de jogador de futebol não se discute, mas também não é coisa que mereça divulgação nem aqui nem na China.

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Desde que a TV Globo lançou a brincadeira no ar, tem torcedor que prefere ver seu time ganhar por um placar mais apertado a golear e expor seu artilheiro ao ridículo de pedir um pagodinho xexelento - quando não um sertanejo de quinta categoria ou um gospel abaixo da crítica -, no três em um do Tadeu Schmidt.

Não à toa, Herrera foi o grande destaque da abertura do Brasileirão: nos livrou de terminar o domingo passado ao som do que há de mais sofrível no tango da atualidade.

O pior é que certos gols de placa, dependendo da trilha sonora do replay na televisão, nem parecem nada demais!

A Globo devia dar aos goleadores da rodada o direito de pedir outras coisas que não música. Pêra, uva ou maçã com a Glenda Kozlowski, por exemplo, quem sabe, né não?

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