Preparando-se para cometer seu segundo assassinato em dois meses, Tereza Cristina é a típica mulher da alta sociedade na teledramaturgia brasileira: uma histérica que trata o mordomo gay a pontapés, guarda segredos horrorosos de seu passado, se entope de remédio para dormir, expulsa de casa a filha que se recusa a interromper gravidez indesejada, sempre prestes a trair o marido ou a sair no tapa com a mocinha da história.
Não por nada disso em especial, o Ministério da Justiça advertiu formalmente a TV Globo dia desses, reprovando "cenas de prostituição, estigma, preconceito e violência familiar" no núcleo pobre da novela liberada para maiores de 12 anos.
No mais, tem a tia velha meio lésbica, o ex-marido golpista, a garota de programa vidente, o ladrãozinho de motocicleta, o ex-miliciano freelancer, a periguete safada, a médica-monstro, a jornalista mau-caráter, enfim, a maldade de sempre que a gente liga a TV.