A verdade é que, nessas horas de caos financeiro, todo economista é meio Lula. Não faz a menor idéia do que está acontecendo, mas não perde a pose. A diferença é que o presidente tem experiência nisso. Pode dizer coisas como "estamos tranqüilos que vamos tocar o barco do jeito que a gente está tocando" ou "o Brasil, se tiver que passar por algum aperto, será pequeno" com uma carga de verdade inatingível por alguém que sabe o que diz. "Pergunta pro Bush", convenhamos, já é um clássico do moderno pensamento contemporâneo. Perde, talvez, para o "porque no te callas" do rei de Espanha.
Cá pra nós, o que seria mais importante advertir a quem entende do assunto do que um "olha, o Natal está chegando, hein!"? Não resolve nada, mas, francamente, alguém precisa acreditar em Papai Noel. Ou não?
Texto publicado no caderno Aliás deste domingo no Estadão.
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